Que a sexualidade humana, em praticamente todas suas variantes, ainda é um tabu em nosso tempo, fica demonstrada de forma verdadeira pela polêmica que provocou no YouTube este vídeo no qual dois homens se beijam durante 84 minutos. A gravação, intitulada First Kiss, Primeiro beijo, foi realizada por Idan Bitton, fotógrafo e artista que pensou como "uma reflexão do momentum na luta pelos direitos gay".
|
- "First Kiss oferece uma perspectiva de um momento íntimo entre dois homens. O beijo não interage com os espectadores nem busca sua aprovação. Só é vivo e presente durante 84:25 minutos".
No entanto, e como acontece com frequência, a intenção do artista poucas vezes se translada íntegra à recepção pública de sua obra, e no YouTube, onde First Kiss foi postado, os internautas estão se matando nos comentários, onde grande parte dos comentários julga que as cenas são inapropriadas. Basta lembrar que no início o próprio YouTube impôs uma restrição de idade para poder vê-lo, ainda que depois retirou dito limitante.
Paralelamente à maneira em que as sociedades contemporâneas consideram a sexualidade, vale a pena questionar os mecanismos de reprodução de valores conservadores que propiciam sites como YouTube, Facebook ou Google -utilizados por milhões de pessoas em todo mundo, muitas delas adotando por sua vez ditos valores inconscientemente-, colocando em dúvida o suposto caráter libertador ou revolucionário da Internet.
As pessoas têm direito a fazer o que desejam sempre que respeitem os demais e seus espaços, essa frase tão lógica e ética e tão verdadeira que chega a doer na consciência de muitas pessoas. Mas eu sou obrigado a confessar que me senti incomodado com o vídeo -nem vou embebê-lo no MDig-, porque na minha opinião isso não é mais do que desinformação para criar polêmica e publicidade sobre o assunto.
No entanto, e como acontece com frequência, a intenção do artista poucas vezes se translada íntegra à recepção pública de sua obra, e no YouTube, onde First Kiss foi postado, os internautas estão se matando nos comentários, onde grande parte dos comentários julga que as cenas são inapropriadas. Basta lembrar que no início o próprio YouTube impôs uma restrição de idade para poder vê-lo, ainda que depois retirou dito limitante.
Paralelamente à maneira em que as sociedades contemporâneas consideram a sexualidade, vale a pena questionar os mecanismos de reprodução de valores conservadores que propiciam sites como YouTube, Facebook ou Google -utilizados por milhões de pessoas em todo mundo, muitas delas adotando por sua vez ditos valores inconscientemente-, colocando em dúvida o suposto caráter libertador ou revolucionário da Internet.
As pessoas têm direito a fazer o que desejam sempre que respeitem os demais e seus espaços, essa frase tão lógica e ética e tão verdadeira que chega a doer na consciência de muitas pessoas. Mas eu sou obrigado a confessar que me senti incomodado com o vídeo -nem vou embebê-lo no MDig-, porque na minha opinião isso não é mais do que desinformação para criar polêmica e publicidade sobre o assunto.
Fonte: Huff Post.
0 comentários:
Postar um comentário